Nunes Marques nega liminar para suspender teses que garantem direitos a gestantes
Nunes Marques nega liminar para suspender teses que garantem direitos a gestantes em decisão recente que reforça a estabilidade das teses firmadas pelo Tribunal Superior do Trabalho (TST). A medida, solicitada pela Confederação Nacional de Serviços (CNS), pedia que o Supremo Tribunal Federal (STF) acolhesse alegação de inconstitucionalidade de quatro teses consolidada nos Temas 55, 125, 134 e 163 do TST. O pedido foi rejeitado em caráter liminar pelo ministro Nunes Marques.

Neste artigo você vai entender o alcance dessa decisão, as consequências práticas para empregadores e trabalhadoras gestantes, e as medidas recomendadas para garantir conformidade e segurança jurídica. Se você é gestor, advogado trabalhista ou gestante com direitos em questão, acompanhe os pontos essenciais e as orientações práticas para agir com segurança e eficiência.
Benefícios e vantagens da decisão
A negativa de liminar por parte do ministro Nunes Marques traz vantagens importantes para a proteção dos direitos trabalhistas das gestantes e para a estabilidade das decisões do TST.
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- Segurança jurídica: a decisão evita ruptura imediata das teses consolidadas, mantendo orientações uniformes para julgamentos inferiores.
- Proteção das trabalhadoras: evita retrocessos temporários em direitos já reconhecidos sobre licença, estabilidade e condições especiais de trabalho para gestantes.
- Previsibilidade para o mercado: empregadores mantêm base normativa clara para políticas internas, reduzindo litígios decorrentes de interpretações divergentes.
- Tempo para debates jurídicos: a negativa de liminar permite que o STF analise com profundidade o mérito sem provocar efeitos imediatos que possam prejudicar grupos vulneráveis.
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Como funciona o processo – etapas e recomendações
Entender o procedimento que levou à negativa de liminar ajuda a planejar ações práticas. Abaixo um passo a passo sobre o fluxo procedural e recomendações para atuação.
1 – Pedido inicial e fundamento
A CNS apresentou ação ao STF alegando inconstitucionalidade de quatro teses do TST nos Temas 55, 125, 134 e 163. O pedido de liminar buscava suspensão imediata dos efeitos dessas teses, alegando que violariam princípios constitucionais.
2 – Análise de urgência pelo relator
O relator – no caso o ministro Nunes Marques – analisou se estavam presentes os requisitos para concessão de liminar: plausibilidade do direito invocado e risco de grave lesão à ordem, à saúde pública ou à economia. Constatou-se ausência de elementos que justificassem suspensão imediata.
3 – Decisão e seus efeitos
Com a negativa de liminar, as teses do TST permanecem aplicáveis enquanto o mérito do processo principal é analisado pelo plenário do STF. É um estágio que preserva o status quo e permite debate aprofundado.
Recomendações práticas
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- Empregadores: mantenham as políticas de compliance alinhadas às teses do TST e atualizem manuais de conduta e procedimentos internos.
- Trabalhadoras gestantes: continuem a exigir o cumprimento dos direitos reconhecidos nas teses e documentem eventuais violações.
- Advogados: preparem provas robustas para discussão do mérito e evitem estratégias baseadas exclusivamente em pedido de liminar.
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Melhores práticas para empregadores e representantes legais
Adotar práticas preventivas reduz riscos de litígios e garante proteção efetiva aos direitos gestantes. Abaixo as melhores práticas recomendadas por especialistas trabalhistas.
Políticas internas claras
Desenvolva e divulgue políticas que indiquem de forma objetiva as condições de trabalho para gestantes – incluindo afastamentos, adaptações de função e estabilidade. Documentação clara é essencial para defesa em eventuais ações.
Treinamento e capacitação
Capacite gestores e equipes de RH para reconhecer e aplicar corretamente direitos das gestantes. Treinamentos periódicos evitam decisões equivocadas e reforçam a cultura de compliance.
Adequação de postos de trabalho
Implemente avaliações de risco e medidas de adaptação para garantir condições seguras durante a gestação. Exemplo prático – ajuste de carga horária e atividades de esforço físico para funcionárias gestantes.
Assessoria jurídica contínua
Mantenha contato permanente com assessoria trabalhista para atualizar procedimentos conforme evolução jurisprudencial e legislativa. Prevenção jurídica é mais eficaz do que correção pós-conflito.
Erros comuns a evitar
Há equívocos recorrentes que aumentam o risco de passivos trabalhistas. Apontamos os principais e como corrigi-los.
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- Suspender direitos de forma unilateral – cortar benefícios com base em expectativa de mudança jurisprudencial pode gerar condenações e dano moral.
- Documentação insuficiente – ausência de registros sobre adaptações e conversas com a empregada dificultam a defesa da empresa.
- Interpretações isoladas – aplicar entendimento divergente do TST sem respaldo técnico é arriscado; busque parecer jurídico.
- Falta de comunicação – não comunicar mudanças de políticas internas pode caracterizar violação de direito adquirido.
- Subestimar impacto prático – decisões liminares negadas não significam fim do debate; esteja preparado para eventual alteração de entendimento no mérito.
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Como corrigir esses erros
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- Revisar procedimentos sempre que houver mudança jurisprudencial.
- Manter registros documentais detalhados – e-mails, atestados, comunicações formais.
- Promover auditorias internas periódicas com foco em Direitos das Gestantes.
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Impactos práticos e exemplos
Veja exemplos práticos que ilustram como a decisão afeta casos concretos.
Exemplo 1 – Empresa do setor de serviços
Uma rede de serviços que considerou suspender o benefício de estabilidade para gestantes consultou o departamento jurídico e decidiu manter as regras vigentes. Resultado: evitou demandas trabalhistas e manteve conformidade enquanto o STF analisa o mérito.
Exemplo 2 – Trabalhadora que busca proteção
Uma gestante teve negada readaptação de função. Com base nas teses do TST, ela acionou a Justiça do Trabalho e obteve tutela favorável. A negativa de liminar por Nunes Marques preservou a aplicabilidade dessa tese até decisão final do STF.
Perguntas frequentes (FAQ)
O que significa que Nunes Marques negou a liminar?
A negativa de liminar significa que o ministro não concedeu uma medida provisória para suspender imediatamente as teses do TST. Isso não resolve o mérito da ação principal, mas mantém as teses em vigor enquanto o STF analisa a questão com mais profundidade.
Quais são os Temas 55, 125, 134 e 163 do TST?
Esses temas representam teses fixadas pelo Tribunal Superior do Trabalho sobre direitos relacionados à gestante – por exemplo, estabilidade, manutenção de salário, garantias durante afastamento e condições de trabalho. A CNS questionou a constitucionalidade dessas teses.
Essa decisão impede o STF de declarar inconstitucionalidade no mérito?
Não impede. A negativa de liminar apenas afasta suspensão imediata das teses. O STF ainda pode julgar o mérito e declarar, ou não, a inconstitucionalidade após análise completa do processo.
O que empregadores devem fazer agora?
Empregadores devem manter conformidade com as teses do TST, revisar políticas internas, documentar procedimentos e buscar orientação jurídica para evitar risco de passivos trabalhistas. Aconselha-se também treinamento de RH e auditoria de práticas.
Como as trabalhadoras gestantes devem proceder?
Trabalhadoras gestantes devem registrar qualquer violação de direitos, solicitar formalmente adaptações quando necessárias e procurar assistência sindical ou jurídica. A decisão provisória favorece a manutenção dos direitos enquanto o STF decide o mérito.
Qual o papel da alegação de inconstitucionalidade?
A alegação de inconstitucionalidade sustenta que as teses do TST violariam princípios constitucionais. Cabe ao STF avaliar se, de fato, há conflito com a Constituição. Até o julgamento de mérito, as teses continuam aplicáveis, em razão da negativa de liminar.
Conclusão
Em síntese, a decisão do ministro Nunes Marques de negar liminar para suspender teses que garantem direitos a gestantes preserva a aplicação imediata das teses do TST, garantindo segurança jurídica e proteção às trabalhadoras. A postura cautelosa do STF evita prejuízos imediatos enquanto o mérito é analisado.
Principais recomendações – mantenha políticas internas alinhadas, documente todas as ações relacionadas a gestantes, capacite equipes de RH e busque assessoria jurídica especializada. Acompanhe o andamento do processo no STF e prepare-se para eventuais mudanças de entendimento.
Próximo passo – se você é gestor, promova uma revisão de compliance trabalhista ainda esta semana; se é trabalhadora gestante, registre suas solicitações por escrito e busque orientação; se é advogado, organize provas robustas para o debate no mérito. Acompanhe decisões do STF e atualize suas práticas conforme necessário.
Fonte Original
Este artigo foi baseado em informações de: https://www.jota.info/trabalho/cns-vai-ao-stf-contra-teses-do-tst-que-garantem-direitos-a-gestantes